segunda-feira, 5 de março de 2018

POR UMA GESTÃO PÚBLICA DE QUALIDADE !!!! (2/2)

Na primeira parte deste tema: POR UMA GESTÃO PÚBLICA DE QUALIDADE !!!! (1/2) tratamos das questões relativas a aspectos históricos, como associação à uma formação da cultura da ineficiência, corrupção e falta de estrutura das instituições públicas do País. Falamos também, nesse contexto, de clientelismo, nepotismo e oligarquismo, como algumas das características dessas instituições. Em contraponto, questionei o papel que deve exercer a sociedade para mudar essa "cultura".



Dentro desse contexto, citamos a existência de prêmios setoriais, estaduais e nacionais com a utilização do MEG - Modelo de Excelência de Gestão, que é um modelo de referência e aprendizado, baseado em conceitos de melhoria contínua, de reflexão sobre a gestão e adequação de práticas realizadas aos conceitos de empresas de destaque, inclusive mundiais. 

Quero retomar o tema, enfatizando a necessidade de utilização de práticas adequadas de gestão.

A imagem do setor público é a da ineficiência e ineficácia. Do não atendimento às necessidade dos seus clientes, que são todos os cidadãos que deveriam ser atendidos pelo Estado.

Então, como podemos mudar isso?

Complementando o que dissemos naquele artigo,  isso pode ser obtido com algumas situações elencadas a seguir:
  1. busca da competitividade e sustentabilidade das instituições, seja de qual tamanho e funções dentro da complexa estrutura de gestão pública;
  2. constante avaliação e melhoria da gestão, através do estabelecimento de processos, utilização de  ferramentas e construção coletiva em função das necessidades e especificidades de cada instituição. Ver exemplos, nas áreas públicas e privadas, que possam servir de referência para a gestão dessas instituições;
  3. melhor compreensão dos anseios de todas as partes interessadas, primeiramente entendendo quem são essas partes interessadas, ou stakeholders. Além disso, fazer uma autocrítica sobre a prestação dos serviços, com base nas boas referências, devidamente identificadas;
  4. visão sistêmica de seus gestores, os quais devem ser escolhidos com base na meritocracia, mesmo que sejam fruto de indicações políticas, mas sempre optando por gestores realmente qualificados para o exercício da função, notadamente especialistas de acordo com a área de atuação da instituição. Esses gestores, por sua vez, precisam ter essa visão holística da gestão pública, e compreensão dos mecanismos de gestão: de pessoas, de finanças públicas, de financiamento e de políticas públicas; 
  5. estímulo, comprometimento e cooperação entre as pessoas, com a padronização da linguagem, procedimentos e práticas, permitindo diagnósticos objetivos e fazendo incorporar a cultura da excelência de gestão.

Essas são algumas sugestões, muitas outras abordagens, ou mesmo detalhamento dessas apresentadas, devem ser levadas em consideração. Mas o principal aspecto é o compromisso com a ÉTICA e CORRETA VISÃO da coisa pública, tão em falta no nosso País. E nisso, nós cidadãos, podemos contribuir, elegendo políticos que não estejam envolvidos nesse lamaçal que temos assistido, deixando pseudo ideologias à margem dessa escolha, e acompanhando e cobrando dos mesmos, posturas condizentes com o que queremos. Lembrando ainda, que os políticos são fruto da nossa sociedade. Então mudemos nós, que fazemos essa sociedade.  

Ainda neste semestre, a MODUS estará oferecendo sua contribuição sobre a questão da Gestão Pública. Aguardem !!!


Artigo by IVAN CARLOS CUNHA
Diretor de Consultoria e Engenharia da MODUS Gestão e Mobilidade

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