A complexa estrutura das organizações públicas precisam ser melhor analisadas.
Os recentes (ou não tão recentes assim) registros de execráveis práticas de corrupção remete-nos a uma discussão do que é uma gestão pública eficiente e como evitar o problema da corrupção. Além disso, a já consolidada imagem de incapacidade das instituições públicas, de seus serviços e também dos seus servidores, também necessita ser estudada, visando uma solução futura.
Registre-se que estamos falando do Brasil. Pois, para comprovar o que pretendemos neste artigo, não se pode dizer que isso seja comum a todos os países, embora em muitos deles essa seja a realidade, notadamente em países mais pobres.
Mas voltando ao nosso País, um aspecto a ser considerado é a questão histórica da própria ocupação do Brasil, com colonizadores vindo explorar riquezas naturais, explorando a população "indígena" nativa, que, aliás, podem ter sido os primeiros grupos corrompidos pelos europeus. Infelizmente, arrisco dizer que se tornou a corrupção, em maior ou menos escala, uma característica do povo que se formou, fruto dos cruzamentos étnicos ocorridos. Como não gosto de generalização, exitem exceções.
A questão da ineficiência, também tem traços históricos. É fruto de um Estado mal estruturado, construído com uma excessiva burocracia e com falhas de gestão. Esse Estado é marcado pelo clientelismo, nepotismo e oligarquismo. Esse formato se consolidou. E esse conjunto de "características" é que permeia nossas instituições.
Mas, a sociedade não deve aceitar essa "cultura" passivamente. Aliás, as próprias instituições, notadamente as grandes corporações vêm, nos últimos anos passando por processos de estruturação de processos de gestão calcados na qualidade, na excelência. Cito alguns dos prêmios de qualidade, setoriais, estaduais e nacional, baseados no MEG - Modelo de Excelência de Gestão, que é um modelo de referência e aprendizado, baseado em conceitos de melhoria contínua, de reflexão sobre a gestão e adequação de práticas realizadas aos conceitos de empresas de destaque, inclusive mundiais. Em alguns desses prêmios instituições públicas tiveram destaque, sendo, inclusive, premiadas. Empresa Carris de Porto Alegre (Premio ANTP de Qualidade - Transportes); Companhia de Saneamento de São Paulo, EMBRAER, Exército Brasileiro e PETROBRÁS (PNQ - Prêmio Nacional de Qualidade - o maior e mais rigoroso prêmio de qualidade no País). Pois é, a PETROBRÁS, nos últimos anos no "olho do furacão" de denúncias de práticas de corrupção.
Esse último exemplo monstra-nos que nem mesmo a utilização de boas práticas de gestão é suficiente para combater esse câncer que é a corrupção. Mas seus resultados reais, fruto do desempenho de seus corpos técnicos, com sistemas de gestão com estímulos ao alinhamento, integração, compartilhamento e direcionamento em toda a organização para a atuação com base na excelência, na cadeia de valor e, o mais importante, nos bons resultados.
E como utilizar esse e outros importantes processos para tornar a Gestão Pública mais eficiente, eficaz e efetiva? Falaremos sobre isso no próximo artigo.
Artigo by Ivan Carlos Cunha
Diretor de Consultoria e Engenharia da TCE
www.tceconsultoria.com
Os recentes (ou não tão recentes assim) registros de execráveis práticas de corrupção remete-nos a uma discussão do que é uma gestão pública eficiente e como evitar o problema da corrupção. Além disso, a já consolidada imagem de incapacidade das instituições públicas, de seus serviços e também dos seus servidores, também necessita ser estudada, visando uma solução futura.
Registre-se que estamos falando do Brasil. Pois, para comprovar o que pretendemos neste artigo, não se pode dizer que isso seja comum a todos os países, embora em muitos deles essa seja a realidade, notadamente em países mais pobres.
Mas voltando ao nosso País, um aspecto a ser considerado é a questão histórica da própria ocupação do Brasil, com colonizadores vindo explorar riquezas naturais, explorando a população "indígena" nativa, que, aliás, podem ter sido os primeiros grupos corrompidos pelos europeus. Infelizmente, arrisco dizer que se tornou a corrupção, em maior ou menos escala, uma característica do povo que se formou, fruto dos cruzamentos étnicos ocorridos. Como não gosto de generalização, exitem exceções.
A questão da ineficiência, também tem traços históricos. É fruto de um Estado mal estruturado, construído com uma excessiva burocracia e com falhas de gestão. Esse Estado é marcado pelo clientelismo, nepotismo e oligarquismo. Esse formato se consolidou. E esse conjunto de "características" é que permeia nossas instituições.
Mas, a sociedade não deve aceitar essa "cultura" passivamente. Aliás, as próprias instituições, notadamente as grandes corporações vêm, nos últimos anos passando por processos de estruturação de processos de gestão calcados na qualidade, na excelência. Cito alguns dos prêmios de qualidade, setoriais, estaduais e nacional, baseados no MEG - Modelo de Excelência de Gestão, que é um modelo de referência e aprendizado, baseado em conceitos de melhoria contínua, de reflexão sobre a gestão e adequação de práticas realizadas aos conceitos de empresas de destaque, inclusive mundiais. Em alguns desses prêmios instituições públicas tiveram destaque, sendo, inclusive, premiadas. Empresa Carris de Porto Alegre (Premio ANTP de Qualidade - Transportes); Companhia de Saneamento de São Paulo, EMBRAER, Exército Brasileiro e PETROBRÁS (PNQ - Prêmio Nacional de Qualidade - o maior e mais rigoroso prêmio de qualidade no País). Pois é, a PETROBRÁS, nos últimos anos no "olho do furacão" de denúncias de práticas de corrupção.
Esse último exemplo monstra-nos que nem mesmo a utilização de boas práticas de gestão é suficiente para combater esse câncer que é a corrupção. Mas seus resultados reais, fruto do desempenho de seus corpos técnicos, com sistemas de gestão com estímulos ao alinhamento, integração, compartilhamento e direcionamento em toda a organização para a atuação com base na excelência, na cadeia de valor e, o mais importante, nos bons resultados.
E como utilizar esse e outros importantes processos para tornar a Gestão Pública mais eficiente, eficaz e efetiva? Falaremos sobre isso no próximo artigo.
Artigo by Ivan Carlos Cunha
Diretor de Consultoria e Engenharia da TCE
www.tceconsultoria.com
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